18ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa

Geral

Por Ryan Mazcatti | Cria do Rio

A Praia de Copacabana viveu um dia de fé, arte e respeito às diferenças. A 18ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa reuniu cerca de 100 mil pessoas ao longo do ano, reafirmando a importância do diálogo e da convivência pacífica entre todas as crenças.

Com o lema “Pelos meus, pelos seus, pelos nossos, eu vou!”, o evento começou às 10h, no Posto 5, e transformou a orla em um mosaico de cores, cânticos e rituais. Representantes de religiões de matriz africana, cristãs, espíritas, judaicas, islâmicas e muitas outras marcharam lado a lado, reforçando que a liberdade de culto é um direito constitucional inegociável.

Entre os momentos mais marcantes da caminhada esteve a apresentação do Balé ÁJO ORUN ÁYÈ, que emocionou o público com um espetáculo vibrante. O grupo levou cerca de 30 integrantes, incluindo 11 Orixás representados, 5 dançantes e 14 pessoas de apoio, trazendo para a avenida toda a força, beleza e ancestralidade das tradições afro-brasileiras. Os movimentos coreografados, as vestes ritualísticas e a energia do balé transformaram o ato em uma celebração de cultura e resistência.

Durante o percurso, líderes religiosos, ativistas e defensores dos direitos humanos reforçaram, em discursos emocionantes, a necessidade de combater a intolerância e de lembrar que a paz se constrói com inclusão. Apresentações culturais, músicas e expressões artísticas deram o tom de festa a uma jornada que, em 18 edições, já reuniu mais de 1,8 milhão de pessoas, em um gesto coletivo de respeito e união entre diferentes tradições religiosas.

Organizada pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e pelo CEAP, com apoio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e do Governo Federal, a Caminhada reafirma o Rio de Janeiro como referência nacional na luta pela liberdade de crença.

A presença do Balé ÁJO ORUN ÁYÈ coroou a edição de 2025, mostrando que arte e espiritualidade, juntas, fortalecem a mensagem de respeito e diversidade que o evento carrega desde sua criação.