SAMU Maricá ganha fôlego novo: expansão, reformas e vidas salvas marcam nova fase do atendimento de urgência

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Maricá (RJ) — Em uma cidade que não para de crescer, com mais de 200 mil habitantes distribuídos entre áreas urbanas e rurais, garantir atendimento de urgência rápido e eficiente não é apenas um desafio: é uma prioridade de vida. E foi com esse objetivo que a gestão do SAMU Maricá, sob coordenação da Organização Social de Saúde (OSS) Hospital Mahatma Gandhi, iniciou um processo robusto de reestruturação e descentralização do serviço. 

A revitalização da base central, a criação de novas unidades estratégicas e a qualificação constante das equipes marcam um momento decisivo para a saúde pública do município — e, principalmente, para as vidas que dependem de uma resposta rápida em momentos críticos. 

Reestruturação da Base Central: Mais que uma reforma, uma nova visão de acolhimento 

Em julho de 2025, a base central do SAMU, localizada no Centro de Maricá, foi reformada e ampliada, com melhorias que vão muito além da estrutura física. As mudanças foram pensadas para oferecer melhores condições de trabalho às equipes e mais agilidade no atendimento. 

“É com muita felicidade e orgulho que entregamos mais uma reforma e ampliação em nossas unidades geridas com a Secretaria Municipal de Saúde. Nossas equipes são empenhadas, já realizaram diversas revitalizações, e o trabalho não para por aí”, afirmou Larissa Cordeiro, diretora administrativa da OSS Mahatma Gandhi em Maricá.
 

A nova estrutura inclui: 

  • Dormitórios reformados para plantonistas; 
  • Nova área administrativa e sala de coordenação; 
  • Copa e refeitório reformados; 
  • Arquivo técnico, sala de estudos e espaço de capacitação contínua; 
  • Novos depósitos e almoxarifado; 
  • Expurgo e farmácia interna com fluxo padronizado. 

A secretária de Saúde de Maricá, Simone Costa, também reforçou a importância da obra: 

“Essa obra vai fazer muita diferença não só no atendimento, mas também na qualificação dos nossos profissionais. Ter um ambiente estruturado é essencial para o bom funcionamento da urgência.” 

Expansão territorial: atendimento mais próximo, resposta mais rápida 

A descentralização do SAMU, iniciada em 2020 com a instalação de uma base em Itaipuaçu, ganhou força em abril de 2024, com a inauguração da base de Ponta Negra, uma das regiões mais afastadas do Centro. 

“A instalação da base em Itaipuaçu foi uma vitória. Reduzimos drasticamente o tempo de resposta das ocorrências na região litorânea. Agora, com a base de Ponta Negra, cobrimos toda a extensão de Maricá de forma estratégica e eficiente”, explicou Leonardo Ribeiro da Silva, coordenador do SAMU em Maricá. 

A base de Ponta Negra conta com: 

  • Ambulância de suporte básico (USB); 
  • Ambulância de suporte intermediário; 
  • Equipes de plantão 24h; 
  • Sistema integrado com a Central de Regulação. 

Essa cobertura mais ampla garante que pacientes em casos críticos — como AVC, infarto, traumas e paradas cardiorrespiratórias — recebam o primeiro atendimento em tempo seguro, aumentando significativamente as chances de sobrevida e recuperação. 

Impacto direto: números que salvam 

Desde a reestruturação e expansão do SAMU Maricá, os dados são expressivos: 

  • Redução média de 35% no tempo de resposta em bairros mais distantes (como Cordeirinho, Zacarias e Ponta Negra); 
  • Mais de 22.000 atendimentos realizados apenas em 2024, com projeção de aumento de 15% em 2025; 
  • Taxa de estabilização pré-hospitalar aumentou 28%, com mais casos críticos chegando vivos ao hospital de referência; 
  • 95% de aprovação dos usuários em pesquisa de satisfação interna, segundo dados da OSS Mahatma Gandhi. 

Esses números não apenas traduzem eficiência, mas representam histórias reais de vidas salvas, de famílias preservadas e de comunidades mais seguras. 

Qualificação contínua: profissionais que inspiram confiança 

Além da estrutura física, um dos pilares da transformação do SAMU Maricá é o investimento na formação contínua das equipes. Os profissionais — entre médicos, enfermeiros, técnicos, condutores e socorristas — participam regularmente de capacitações como: 

  • Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS); 
  • Atendimento pré-hospitalar em situações de múltiplas vítimas; 
  • Ações simuladas e exercícios em campo; 
  • Atualizações sobre protocolos clínicos do Ministério da Saúde. 

“Mais que equipamentos e ambulâncias, precisamos de pessoas preparadas para tomar decisões em segundos. Nossas equipes são treinadas para isso”, destacou Juliana de Almeida, supervisora técnica da base central. 

Humanização até no socorro 

Em meio ao caos de um acidente ou crise de saúde, o que diferencia o atendimento não é apenas a técnica, mas o olhar humano e empático. Equipes do SAMU Maricá vêm sendo elogiadas pelo cuidado com crianças, idosos e pacientes psiquiátricos, conduzindo atendimentos com sensibilidade e respeito. 

“Quando meu pai sofreu um AVC, a equipe do SAMU chegou em menos de 10 minutos. Eles falaram com calma, explicaram tudo, e nos deram apoio emocional. Isso fez toda a diferença”, contou Rosana Ferreira, moradora do bairro Araçatiba. 

O futuro: mais inovação e mais proximidade 

A OSS Mahatma Gandhi, em parceria com a Secretaria de Saúde, já projeta os próximos passos: 

  • Instalação de sistema de geolocalização avançada nas ambulâncias, para melhorar ainda mais a resposta rápida; 
  • Criação de um Núcleo de Educação Permanente, com treinamentos mensais para todos os níveis; 
  • Campanhas educativas nas escolas e bairros, para ensinar a população sobre primeiros socorros e uso consciente do 192; 
  • Expansão da frota, com aquisição de novas ambulâncias de suporte avançado. 

“Queremos ser referência estadual em atendimento pré-hospitalar. A estrutura física é só o começo: nossa missão é salvar com qualidade, empatia e ciência”, completou Leonardo Ribeiro, coordenador do SAMU. 

SAMU de Maricá é exemplo de gestão pública eficaz 

Em tempos em que o debate sobre a saúde pública se intensifica, Maricá se destaca como um município que escolheu priorizar vidas, com gestão moderna, investimentos reais e envolvimento das equipes. A atuação da OSS Hospital Mahatma Gandhi, nesse contexto, demonstra como parcerias bem estruturadas podem melhorar a eficiência da saúde pública sem perder a humanidade.